Fala-se muito nas conquistas
femininas e na emancipação das mulheres. Hoje, elas estão nos cargos de
gestão das empresas, chefiam lares e são empreendedoras. Mas será que a
liberdade foi mesmo alcançada? Um olhar mais apurado denota que a
mulher, hoje, tornou-se prisioneira de si mesma, e concebe um conceito
de felicidade que, muitas vezes, torna- se inalcançável
Muitas acabam perdendo- se na
inglória tarefa de tentar agregar tudo o que a vida oferece, e acabam
por não ter, no final das contas, uma vida plena. Quem já passou por
provações na vida sabe como isso acontece, e afirma: as mulheres estão
vivendo grandes dilemas, que também acontecem com homens, mas que
atingem o sexo feminino de maneira especial.
Essa é a afirmação da socióloga e cientista política
Silvana Castro, que já venceu um grave problema de saúde e soube tirar
lições disso. Questionada a respeito da felicidade feminina, ela expôs
seu ponto de vista.
“Temos alguns problemas, oriundos do
próprio meio social. Hoje, a mulher quer incluir tudo em sua vida:
família, trabalho, estudos, autoestima. No tempo de nossos avós vivia-se
muito bem com pouca coisa. As pessoas tinham o mínimo e eram felizes.
Para a minha avó a felicidade significava o marido, os filhos e um lar.
Hoje, você tem que saber de tudo, estar por dentro de todos os assuntos
para sentirse feliz. Ler livros dos mais diversos temas, participar de
todas as redes sociais. É uma loucura”, disse ela.Silvana lembra-se do aprendizado
que tirou do diagnóstico de câncer de colo de útero, em 2010, e do
tratamento subsequente. “Meu tratamento encerrou em março de 2011, e
obtive a cura. Na época do meu tratamento, o governador Wilson Martins
também estava tratando um câncer. Ele me deu um abraço e disse algo que
nunca vou esquecer: ‘Cuide da cabeça. Ela tem que estar bem’.
De fato, procurei ter uma atitude proativa. Emagreci
apenas três quilos e meu cabelo não caiu. Eu tinha muita vontade de
viver”, diz ela. Depois dessa experiência, o conceito de felicidade
passou por uma transformação na vida de Silvana.
“Hoje, as pessoas tem tendência a imprimir um modelo de
felicidade, que impõe um ritmo de coisas que não representa
necessariamente o que almejamos. E isso pode ser até um trauma. Aprendi
que, mais do que um valor social, a felicidade está ligada a um estado
de equilíbrio de espírito. Está diretamente ligada a aceitação dos
próprios valores, e a satisfação consigo mesma. Quando a mulher atinge
essa consciência, o mundo se abre”, complementou Silvana.
fonte:meionorte
Nenhum comentário:
Postar um comentário