JOÃO LOPES
Do Portal Noca
Vaias,
cartazes e protestos marcaram a chegada da governadora Roseana Sarney
Murad (PMDB) para a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA),
em Timon, na quarta-feira (14). A mobilização foi organizada pelos
acadêmicos do Centro de Estudos Superiores de Caxias, da Universidade
Estadual do Maranhão (Cesc/Uema), que, insatisfeitos pelas inúmeras
promessas de melhorias para a instituição por parte do reitor José
Augusto Silva Oliveira, decidiram fazer suas reivindicações
pessoalmente à governadora.
O grande contingente de seguranças,
policiais militares e guardas municipais que protegia a governadora
impediu os acadêmicos de adentrarem à unidade de saúde. Seguranças de
Roseana classificaram os manifestantes de “bardeneiros”.
O foco da inauguração ficou dividido entre a presença da
governadora e os manifestantes, revoltados com o descaso do governo
estadual.
Vozes de protesto, cartazes, com frases como
"Beija-Flor, R$ 9,5 milhões. Uema: Nada!", "Pede para sair José
Augusto!" e "Caos na Uema de Caxias", e até mesmo um ato público de
oração serviu para chamar a atenção não só das autoridades, mas também
da população local, que se sensibilizou com a ação dos manifestantes.
Durante a mobilização, aliados do governo estadual tentaram entrar em
negociação com os estudantes, com o objetivo de neutralizar a
manifestação. Após horas de conversa, enfim chegaram ao acordo de que
uma comissão formada por sete acadêmicos iriam se encontrar
pessoalmente com a governadora na Prefeitura de Timon para realizarem
as reivindicações almejadas.
Conforme negociação com a
governadora, ficou decidido que ela iria entrar em contato o mais
rápido possível com o reitor da Uema, a fim de tomar as devidas
providências.
"A conversa com a governadora foi positiva.
Contamos todos os problemas que sofremos de infra-estrutura com nossa
instituição. Ela encerrou a reunião dizendo que não tinha conhecimento
da situação de Caxias e que não era interessante que a Uema ficasse
prometendo e não cumprisse, visto que a mesma tem orçamento próprio
para resolver problemas assim", disse o presidente do DCE Tiradentes,
Nailson Araújo.
Reivindicações – Entre as
reivindicações dos acadêmicos do campus da Uema de Caxias estão: falta
de extintores de incêndio; rede elétrica e sinal de internet
deficientes; a reforma, ampliação e climatização de salas de aula,
auditório; contratação de professores; construção de novos laboratórios
e aquisição de equipamentos, e; instalação de uma nova biblioteca, que
está com o acervo ultrapassado.
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