Mais de 300 policiais federais, apoiados por servidores do IBAMA
e por policiais do BOPE de Brasília e do Rio de Janeiro, estão dando
cumprimento a 77 medidas judiciais, sendo 11 mandados de prisão preventiva, 10
mandados de prisão temporária, 56 mandados de busca e apreensão, bem como à
suspensão da certificação de 44 empresas madeireiras, nas cidades de São Luís,
Imperatriz, Buriticupu, Açailância, Zé Doca, Alto Alegre do Pindaré, Bom
Jardim, Governador Nunes Freire, todas no estado do Maranhão. No Rio Grande do
Norte: Tibau, Mossoró, Parnamirin e Natal, e em Capuí no estado do Ceará.
A organização criminosa
atuava extraindo ilegalmente madeira das reservas indígenas. Esse material era
“esquentado” por meio de documentação fraudulenta para o transporte e retirada
das áreas protegidas. Um membro da quadrilha era o responsável por emitir
documentos destinados a microempresas laranjas, cadastradas como construtoras
em pequenas cidades no interior do Rio Grande do Norte. Essa manobra servia
para desviar a madeira para receptadores em todo o Nordeste brasileiro.
Os desmatamentos
causaram danos ambientais gigantescos no último reduto da floresta amazônica na
região nordestina. A organização criminosa fazia o corte seletivo de madeira
nobre e espécies ameaçadas de extinção, de forma a acobertar o crime sob a copa
das árvores de menor valor monetário. Segundo estimativas, o grupo teria
movimentado valores da ordem de R$ 60 milhões.
As autoridades
sequestraram mais de R$ 12 milhões de diversas pessoas físicas e jurídicas.
Esses valores são provenientes da lavagem do dinheiro auferido com a extração
ilegal da madeira.
Os investigados
responderão por crimes como participação em organização criminosa, lavagem de
capitais, roubo de bens apreendidos, obstar a fiscalização ambiental,
desmatamento na Terra Indígena Caru, desmatamento na Reserva Biológica do
Gurupi, receptação qualificada, ter em depósito produto de origem vegetal sem
licença válida, corrupção ativa, tráfico de influência, dentre outros.
Será concedida
entrevista coletiva, às 11h, na delegacia de Polícia Federal, em Imperatriz.
Avenida Imperatriz s/n, quadra 10, lote 10 A, Parque Planalto.
Fonte:
Blog do Jorge Vieira
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