Na iminência de ser indiciada pelo
Ministério Público Federal sob suspeita de ter cobrado suborno para
autorizar o pagamento de um precatório de 120 milhões à Constran, a
ex-governadora Roseana Sarney retornou ao Brasil meses depois, intimada
para esclarecimentos pela Polícia Federal.
Como a corda sempre tende a arrebentar
para o lado mais fraco, sobrou para o ex-secretário da Casa Civil, João
Abreu, que foi acusado de embolsar sozinho a propina de 3 milhões paga
pelo doleiro Alberto Youssef à ex-patroa. Operador do clã Sarney, ele
acabou denunciado à justiça pelo esquema de corrupção.
Embora ainda seja alvo de outra
investigação no STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeitas de
recebimento recursos desviados da Petrobras nas eleições de 2010, a
filha de Sarney não se deixa intimidar, tentando a todo custo se manter
em evidência, com vistas às eleições de 2016 e 2018.
Apostando na impunidade e com medo de
cair no esquecimento político, ela tem feito esforços nada compatíveis
com a história de quem já foi deputada federal, senadora e quatro vezes
governadora de Maranhão.
Na semana passada, a exemplo, Roseana
vestiu uma manjada camisa de chita, colocou um par de tênis barato e se
deixou fotografar entregando cestas básicas nos currais eleitorais
mantidos pelo desacreditado vereador Fábio Câmara.
A ex-governadora assumiu ainda o comando
estadual do PMDB Mulher, suscitando comentários maldosos dos próprios
correligionários, que alegam que a ela sequer conhecia a sede da sigla
em São Luís.
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