Uma
pesquisa do Laboratório de Macromoléculas e Resíduos Naturais da Universidade
Estadual do Maranhão (UEMA), em parceria com a Universidade Federal do Maranhão
(UFMA), desenvolveu um inseticida natural que elimina ovos, larvas e o mosquito
adulto do Aedes aegypti - transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus
(que tem relação com a microcefalia e a síndrome Guillain-Barré).
A solução
é feita a partir do extrato das folhas de Nim, planta de origem indiana muito
comum no Maranhão, e não tem efeitos tóxicos ao homem.
O estudo,
intitulado "Desenvolvimento de Compostos Inseticidas Naturais para o
Controle do Aedes aegypti, Vetor da Dengue", foi idealizado pela estudante
Paula Marinho e é coordenado pela farmacêutica e doutora em Ciências Biológicas
Adriana Leandro Câmara.
O
processo de produção é simples e é realizado no laboratório da universidade
estadual. "As folhas são secas em temperatura ambiente, vão para a estufa,
onde são pulverizadas e transformadas em um pó. Elas são colocadas em um
evaporador para eliminar o álcool e, dependendo da concentração, a gente pode
usar para eliminar tanto o ovo, quanto a larva e até o mosquito adulto",
explica a pesquisadora.
Aplicado
na proporção de 25%, o inseticida elimina 100% dos ovos e 76% das larvas do
Aedes aegypti. O produto já foi patenteado e atualmente é de propriedade da
UEMA. A porcentagem de eliminação do mosquito adulto ainda não pode ser
revelada porque ainda está em processo de obtenção de patente.
De acordo
com Câmara, o inseticida combate o mosquito e, ao eliminá-lo, acaba também a
transmissão das doenças. "O extrato resultante da invenção é um inseticida
viável, de fácil manipulação e que pode ser comercializado e utilizado em
campanhas de controle do Aedes aegypti objetivando eliminar o vírus
circulante", garante a professora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário