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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

No Pará Estado e Prefeitura vão rachar a conta do BRT




Com dívida de R$ 53 milhões com a construtora Andrade Gutierrez, projeto técnico rejeitado pelo Ministério das Cidades e inadequação da obra com o programa “Ação Metrópole”, do governo do Estado, Zenaldo Coutinho iniciou o mandato como prefeito com a difícil missão de fazer o problemático Bus Rapid Transit (BRT) funcionar. Ontem pela manhã, na sede do Comando Geral da Polícia Militar, um importante passo foi dado rumo à esperada, mas, ainda distante, conclusão da obra. Em reunião com o governador do Estado, Simão Jatene, e com o representante da Agência Nacional de Cooperação do Japão (Jica), Ishimaru Taku, Zenaldo anunciou que o BRT, como previsto inicialmente, será concluído integrado ao “Ação Metrópole” , interligando o centro de Belém à Marituba.

  “A reunião foi extremamente produtiva. Finalmente nós conseguimos firmar uma parceria concreta com a prefeitura e, agora, o BRT municipal e o BRT estadual, serão um só. Os dois projetos funcionarão juntos, de forma integrada, e a palavra de ordem é união. Já recebemos o ok da Jica e o financiamento do projeto está garantido”, afirma o governador Simão Jatene. Os estudos de viabilidade da implementação do “Ação Metrópole” com a agência japonesa começaram em 1990. Em setembro do ano passado, Jatene esteve no Japão assinando contrato de empréstimo internacional no valor de R$ 320 milhões com a agência para financiar parte da obra.

NA MARRA

Mesmo depois de um estudo que demorou mais de 20 anos para ser concluído, o ex-prefeito de Belém, Duciomar Costa, começou a implantar o BRT municipal ignorando o projeto do “Ação Metrópole”. “Vamos ser francos, a prefeitura disse que tinha a verba federal e o que ficou provado é que não tinha. Doze projetos de mobilidade urbana municipal foram reenviados de volta pelo Ministério das Cidades para serem reformulados”, fala Jatene.

Na obra da gestão municipal passada, os passageiros do BRT estadual teriam que desembarcar no Entroncamento para então embarcar no BRT de Belém, causando um inchaço de usuários e um possível colapso do Terminal de Integração. “O projeto perderia todo o sentido porque seria lento e prejudicaria os passageiros. Pelos estudos que fizemos, teria que passar um ônibus articulado a cada minuto em horário de pico para atender à demanda”, explica o governador.

  A prefeitura, agora parceira do governo do Estado, trabalha para readequar o projeto a fim de reenviá-lo ao Ministério das Cidades. Só assim, a verba federal do PAC da Mobilidade Urbana, que garantirá a conclusão da obra, será liberada. “Nós estamos confiantes e seguros de que, com essa parceria, finalmente nós vamos concluir esse projeto que irá beneficiar toda a Região Metropolitana. Não temos vaidade nenhuma e a intenção é que continuemos trabalhando juntos”, diz Zenaldo Coutinho.
Novos prazos só em fevereiro
Segundo o prefeito, até o final de fevereiro as alterações necessárias no projeto já terão sido avaliadas pela equipe técnica. Entre elas está a integração com o transporte fluvial e a retirada das muretas de proteção na faixa especial da avenida Almirante Barroso.

“Eu já perguntei para vários especialistas e nenhum deles me disse que existem essas muretas em nenhum BRT do mundo. Isso só encarece o projeto. Se retirarmos 14 quilômetros de muretas, apenas do trecho da Augusto Montenegro, já economizamos R$ 14 milhões”, informa Coutinho.

De acordo com o prefeito, uma audiência pública será realizada no dia 21 do próximo mês para anunciar as alterações imediatas, a provável retomada da obra, seu possível custo final e novos prazos para a conclusão parcial e final da mesma.

Para quitar as dívidas com a construtora, que só recomeçará as obras quando for paga, Zenaldo informa que o governo do Estado dividirá o custo com a prefeitura em caráter imediato e emergencial. Ishimaru Taku, representante da Jica, elogia os esforços de ambos os lados para tornar o BRT realidade.

“Nós esperamos que, após essas decisões, a obra possa recomeçar e ser entregue o mais rápido possível à população, que é a mais interessada”, aponta.
 fonte:diriodopará

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